Dunas de Erg Chebbi

Dia 4 – Erg Chebbi, Gargantas do Toda, Ouarzazate – Como é participar no Tour de Grupo a Marrocos

Dia 4 -Dunas de Erg Chebbi, Gargantas do Toda, Ouarzazate

O despertador toca antes das 6 da manhã. Saio da tenda ainda com toda a gente a dormir e o céu parece o planetário. Está um vento gelado e rapidamente me arrependo de ter trazido uns calções para o dia de hoje. Acabo por desistir dos calções e visto a mesma roupa do dia anterior, afinal vamos outra vez andar de camelo. A roupa cheira a fogueira, consequência da noite passada, mas entre isso e ficar gelada, opto pelo cheiro a fogueira.

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Só apareceu metade do grupo, o resto os participantes vão ter connosco mais tarde para o pequeno-almoço. Esta era uma nova experiência que eu não podia perder. Tenho o corpo dorido da travessia de camelo. E constato que subir as dunas não é de todo uma tarefa fácil. Decido voltar ao ginásio assim que regressar a Portugal. Aproveitei para fotografar e filmar tanto a subida como a descida, e o magnífico nascer do sol.

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O objectivo era chegar ao cimo da duna, mas não tive nem fôlego nem pernas para isso, fica para próxima com a promessa de voltar. Mas valeu a pena cada dor nas pernas que senti no dia a seguir.

Houve os que não subiram, os que ficaram a meio, os que chegaram ao cimo da duna, e houve quem se sentisse mal e com tonturas quando chegou lá acima. Por isso é importante respeitar os nossos limites. Eu fiquei a meio da duna a apreciar literalmente a paisagem. E por volta das sete da manhã descemos pra tomar o pequeno-almoço. Ovos, pão, bolos e tudo o que possam imaginar de um pequeno-almoço 5 estrelas. Mas antes fui tirar os quilos de areia que tinha dentro dos ténis, sim, nem pensem em levar outro tipo de calçado.

Depois do pequeno-almoço é altura de fazermos o caminho de regresso a Ouarzazate, passando agora pelo Gorges do Todra, ou Gargantas do Todra.

Preparamos tudo para regressar. Colocamos os lenços, óculos, mochilas e é altura de subir novamente para cima do camelo e enfrentar mais 1h30m de caminho.

Agora já estava mais confiante, já sabia como era. E acreditem que a experiência de regresso foi para mim completamente diferente do dia anterior. Segui os conselhos do nosso guia. Descontraí o corpo, acompanhando os movimentos do camelo, e o regresso pareceu muito mais rápido. Foi realmente muito mais agradável, mas porque estava relaxada e descontraída. Chegámos aos jipes e em poucos minutos estamos novamente no Café Du Sud. Voltamos a ter wi-fi e somos recebidos mais uma vez com a hospitalidade que caracteriza o povo marroquino, chá de menta e frutos secos, e depois de uns momentos de descanso à beira da piscina seguimos para o magnífico Gorges do Todra. No caminho fazemos uma pequena paragem para almoçar.

Gorges du Todra (Gargantas do Todra)

O Gorges du Todra ou Gargantas do Todra, marca o início do Alto-Atlas.
Este é um dos destinos preferidos para os amantes de escalada. São os desfiladeiros mais famosos de Marrocos. Ficam no vale do Todra, e são compostos por penhascos que chegam a atingir os 300 metros de altura e que se vão estreitando até estarem a menos de 50 metros de distância. A dada altura parece que vamos ser engolidos por esta paisagem, daí o nome de Gargantas.

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Chegamos a Ouarzazate já de noite, voltamos ao Riad Dar Rita, tomamos banho, trocamos de roupa e jantamos. Doem-me oficialmente todos os músculos do corpo. Os outros estão todos óptimos, é isso ou não querem admitir que também precisam de voltar ao ginásio… voto na segunda opção.

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