Vale do Draa

Dia 3 – Ouarzazate, Vale do Draa, Dunas de Erg Chebbi – Como é participar no Tour de Grupo a Marrocos

Dia 3 – Ouarzazate, Vale do Draa, Dunas de Erg Chebbi

Acordamos cedo em Ouarzazate, por volta das seis da manhã e depois do pequeno-almoço, partimos em direcção ao deserto às 8 da manhã.
A expectativa era grande, íamos dormir uma noite numa tenda no meio do deserto nas dunas de Erg Chebbi, íamos andar de camelo, que na realidade são dromedários, e íamos assistir ao nascer do sol nas dunas. Sim, eu parecia uma criança em véspera de Natal. O dia foi talvez dos mais cansativos de toda a viagem, certamente por toda a excitação e expectativa. No fim do dia iríamos chegar ao apelidado deserto de Merzouga (nome da aldeia mais próxima).

Agora a paisagem começa a ser cada vez mais árida e inóspita. E o verde vai sendo cada vez mais raro.

Vale do Draa

A primeira paragem do dia é no Vale do Draa, aqui temos tempo para fotos e para descansar um pouco. O Vale do Draa é alimentado pelo rio Draa, o maior do país, e estamos às portas do deserto do Saara. Temos um palmeiral verdejante rodeado de montanhas rochosas. Mais um cenário para fotos lindíssimas.

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Merzouga

Merzouga é uma pequena aldeia Bérbere no deserto do Saara. A aldeia de Merzouga é conhecida por se situar junto ao Erg Chebbi, o maior conjunto dunas de Marrocos. E é conhecida pelas várias actividades que se fazem na região, incluindo a travessia em caravana de camelos.

A aldeia divide-se em 3 partes: zona das dunas, centro da aldeia, e parte nova, para norte do rio e antes de se chegar à grande porta da aldeia.

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Depois de chegarmos à aldeia vamos com o nosso guia visitar o mercado local. Aqui as ruas, e o próprio mercado não são tão organizados como em Marraquexe. Aqui a sensação que temos é que é uma vida mais dura, mais “crua”, e apercebemo-nos que estamos no deserto. Aqui vão ver um mercado de burros, especiarias com cores magníficas e de tudo um pouco.

Café Du Sud

Saímos do mercado e passado pouco tempo chegamos àquilo que me pareceu um verdadeiro Oásis no meio do deserto, o Café du Sud, Alberge Du Sud. Tínhamos à nossa espera o chá e os frutos secos e pudemos descansar um pouco junto à piscina, antes de nos prepararmos para atravessarmos as dunas de Erg Chebbi.

Os funcionários ajudaram-nos a colocar os lenços na cabeça e depois de todos prontos e com o visual a rigor, seguimos em caravana de 4X4 até ao local onde os camelos nos esperavam.

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Dunas de Erg Chebbi

É altura de subir nos camelos e seguir em caravana, pelas dunas. E aqui meus amigos é o momento para tirarem as fotos da vossa vida. Isto se forem mais afoitos e destemidos e conseguirem tirar as mãos do apoio do camelo.

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A Travessia durou cerca de 1h30m, e estaria a mentir se dissesse que foi fácil, mas é uma experiência única, vale a pena e voltava a repetir sem pensar duas vezes. Imaginem assistir ao pôr-do-sol enquanto atravessam as dunas no meio do deserto do Saara, em cima de um camelo, e em que não se vê mais nada a não ser o vosso grupo, nem se ouve mais nada a não ser o barulho do vento. A princípio estava um pouco apreensiva e tensa, mas à medida que nos vamos habituando vai ficando cada vez mais fácil conseguir acompanhar o ritmo do animal.

Convém levar óculos de sol, porque embora o dia esteja a terminar o vento e a areia podem ser bastante incomodativos para os olhos. O ritmo é bastante compassado mas a ansiedade para chegar ao acampamento não me permitiu apreciar a experiência como fiz no dia seguinte. Os guias vão a pé liderando a caravana, e ao longo de todo o percurso o nosso guia, Ahmed, também a pé, vai perguntando se todos estamos bem e como nos sentimos. Os guias vão tirando fotos com os nossos telemóveis e máquinas, é só pedirem.

Finalmente vemos o nosso acampamento. Se estavam a pensar em pequenas tendas tipo Iglô, esqueçam, aqui são verdadeiras tendas de luxo. Cada tenda é como se fosse um quarto, e todas têm casa de banho privativa com água quente e electricidade. À chegada temos o tradicional chá, e os frutos secos à nossa espera.

Temos vários puffs para descansar, os anfitriões apresentam-se e fazem a distribuição das pessoas pelas respectivas tendas. À hora combinada vamos até à tenda que serve de restaurante, já noite cerrada a lanterna do telemóvel dá imenso jeito uma vez que a nossa tenda ficou um pouco mais afastada do acampamento central, onde está a tenda grande das refeições, e a cozinha.

E antes do jantar ainda temos tempo para nos reunir nos puffs e partilhar entre todos como tem sido esta experiência. O sinal de telemóvel no meio do deserto é excelente e até recebi uma chamada de casa. Wi-Fi não vão ter mas podem carregar os telemóveis perto da tenda de refeições. A energia que se sente no deserto é incrível. O céu estrelado e a sensação de termos finalmente chegado ao nosso destino fez com que todos estivéssemos realmente felizes por estar ali no meio do nada a contemplar tamanha beleza. É mesmo assim, para compreender a magia do deserto só mesmo estando lá. E eu sou aquela pessoa que na praia não aguenta um grão de areia na toalha…

O jantar foi uma agradável surpresa para todos, pensámos que seria uma refeição ligeira, mais modesta, mas estávamos enganados. Foi um verdadeiro banquete, em qualidade e quantidade. Estávamos cheios, mas não queríamos mandar comida para trás para não ofender o cozinheiro, no final o cozinheiro veio à tenda e demos-lhe os parabéns, a comida estava excelente.

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Depois do jantar sentamo-nos todos à volta de uma fogueira e fomos convidados para nos juntarmos ao espectáculo, onde todos cantámos, dançamos, e tocámos instrumentos bérberes. Ali aproveitámos todos para desligar mesmo do resto do mundo, sem Wi-Fi e sem TV ninguém está “agarrado” ao telemóvel ou a qualquer outro tipo de ecrã, e aproveitámos esta experiência a 100%. Amanhã quem quiser assistir ao nascer do sol tem de acordar antes das 6 da manhã.

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