Os tapetes marroquinos berberes têm tradição desde o Paleolítico e continuam a serem feitos em muitas áreas rurais de Marrocos.
Ainda Marrocos não se chamava assim, no século XIII, e já a arte de tecer os tapetes era algo comum na região.
Usar tapetes era algo luxuoso ou então ligado a rituais.
Em termos de tradição, os tapetes são também um artigo importante no enxoval de uma noiva e, por isso, pode muitas vezes ser oferecido como presente.
A arte da tecelagem de tapetes vem, por tradição, das tribos das montanhas marroquinas e tornaram-se, em muitos casos, o meio de subsistência de algumas comunidades.
Os padrões repetem-se desde há milhares de anos e a forma de os trabalhar artesanalmente vai sendo passada de geração em geração.
Apesar de já se poderem usar produtos químicos para as cores dos tapetes, ainda muitos tecelões tradicionais usam tintas naturais.
Na aprendizagem de fazer tapetes, não é só a parte da tecelagem que se ensina mas também o saber das escalas de cor e os motivos decorativos, para os replicar.
Em cada tribo, ou cada família, tem os seus próprios desenhos e modelos.
Ainda sobre os tapetes berberes, hoje em dia são feitos com materiais variados, desde nylon, lã e fibras. O tamanho dos laços também varia de fabricante para fabricante.
Normalmente são tapetes que duram uma vida inteira, porque foram feitos para resistir ao uso diário.
Os tapetes devem ser limpos de 6 a 12 meses, com limpeza a seco e com detergentes inofensivos para não se danificarem as fibras usadas.
O seu padrão, inscrito num fundo rectangular, tem desenhos geométricos e com uma lógica simétrica, vista em todos os tapetes.
Mas os motivos de desenhos pode ser variados. Nas aldeias, por exemplo, os padrões podem ter imagens de animais.
É normal ouvir dizer que as cores fortes dos tapetes marroquinos dão vida a muitas casas.
Cada tribo pode ter o seu tipo de tapete.
Os berberes são mais rústicos – cada peça é única e com características de quem o fez – e os tapetes de cidade são mais luxuosos, com influência das tradições orientais, que servem para decorar casas de classes mais elevadas.