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Visitar Rabat Marrocos

Rabat é a cidade capital de Marrocos e está localizada na costa Atlântica, na margem esquerda da foz do rio Bouregreg, em frente a Salé.

Rabat, Marrocos
Rabat, Marrocos

Rabat é a capital do reino de Marrocos, localizando-se na orla costeira, a norte do país. Tem uma população de pouco mais de dois milhões de habitantes e está repleta de atractivos que chamam a si inúmeros visitantes.

Hoje em dia a sua posição central e a riqueza cultural e arquitectónica de Rabat, uma das “Quatro Cidades Imperiais”, atrai os visitantes que desejam ver este sítio classificado pela UNESCO, desde 2012, como Património Mundial em Marrocos.

História de Rabat

Pode-se dizer que foi fundada no ano de 1146, quando Abd al-Mu’min transformou a pequena povoação que ali existia numa fortaleza de consideráveis dimensões. O califa Abu Yusuf Yaqub al-Mansur escolheu Rabat para sua capital pouco depois, uma condição que depois de várias mudanças voltou a verificar-se em 1912, por decisão do administrador francês do território, o General Hubert Lyautey, tendo sido reconfirmada como capital após a independência de Marrocos.

Rabat, Marrocos
Rabat, Marrocos

Com a morte de Abu Yusuf Yaqub al-Mansur iniciou-se uma fase de declínio da cidade, que perdeu gradualmente importância para Fez e no início do século XVI apenas cem casas permaneciam ocupadas.

No século XVII existia aqui uma unidade política independente, a República de Bou Regreg, formada pela união entre Rabat e Salé, que se dedicava à pirataria e ao corso. Apesar do esforço das dinastias reinantes em Marrocos e das potências europeias, esta república de piratas manteve-se até 1818 mas mesmo após essa data Rabat continuou a ser usada como base para alguns ataques marítimos, o que provocou o bombardeamento da cidade por uma força naval Austro-Húngara na sequência ao apresamento de um navio do Império Habsburgo por parte de piratas ali baseados.

Rabat, Marrocos
Rabat, Marrocos

Quando Visitar Rabat

Encontrando-se na orla costeira, Rabat não se torna tão insuportável como as cidades do interior quando chegam as altas temperaturas de Verão. Mesmo assim será melhor visitar nas épocas do ano mais temperadas, Abril e Maio ou de Setembro à primeira metade de Outubro. Nos meses de Inverno o tempo pode ser desagradável com algum frio e precipitação abundante.

2- O que visitar em Rabat – Locais principais

Medina de Rabat

Quando os franceses chegaram a Rabat, em 1912, a medina amuralhada era tudo o que existia na cidade. Ao contrário do que sucede com as labirínticas medinas de Fez e Marraquexe, a de Rabat foi criada no século XVII com uma forma geométrica, facilitando a vida aos visitantes.

Destaca-se aqui a principal rua de comércio, a rue Souika, que se divide em duas partes, uma mais local, com produtos vocacionados para os habitantes de Rabat, e outra com artesanato e recordações turísticas.

Medina de Rabat
Medina de Rabat

É também aqui que se encontra a Grande Mesquita de Rabat e a rua dos Cônsules, antigo centro diplomático da cidade. Seguindo esta via passa-se primeiro pela área dos ourives, depois podem-se observar os palacetes urbanos usados pelos diplomatas e, na sua extremidade norte, o visitante encontrará um amplo espaço que era usado pelo mercado de escravos, especialmente na época da República de Bou Regreg.
Também no complexo da medina, no seu canto sudeste, se encontra o mellah ou bairro judeu no qual se realiza um interessante mercado de rua, assim como o kasbah, a cidadela que se ergue no topo da colina.

Torre Hassan

Uma dos mais fascinantes e icónicas estruturas de Rabat, a Torre Hassan data de meados do século XII e ergue-se a leste do Bairro Hassan, próximo do mausoléu de Mohamed V. Foi construída por Yacoub al-Mansour, um monarca Almóada, e seria o minarete da grande mesquita que ele idealizava erigir mas que se materializou: com a morte de Yacoub al-Mansour em 1150 os trabalhos de construção pararam e o projecto nunca foi concluído.

Torre Hassan
Torre Hassan

Em 1755, o forte sismo que arrasou Lisboa e outras cidades portuguesas fez sentir os seus efeitos também aqui, e o existia da mesquita foi destruído. Hoje em dia resta apenas o imponente minarete – a torre propriamente dita – e uma série de pilares que acrescentam algo ao ambiente especial que se vive no local.

Mausoléu de Mohamed V

O Mausoléu de Mohamed V encontra-se junto à famosa Torre Hassan, abrigando os restos mortais daquele que foi o primeiro monarca de Marrocos independente. O mausoléu foi construído no local onde após o seu regresso do exílio em Madagáscar, em 1956, o rei reuniu uma multidão que em seu redor e na sua companhia deu graças a Deus pela independência do país.

Mausoléu de Mohammed V
Mausoléu de Mohammed V

Aqui se encontram também os restos mortais dos seus dois filhos, aquele que viria a ser o rei Hassan II e o príncipe Abdallah.
O edifício, terminado em 1971, ou seja, dez anos após a morte do monarca, é uma obra-prima do estilo arquitectónica Alaouita, destacando-se a ornamentação das fachadas exteriores, feitas de mármore. Destaque para a guarda real que se mantém no local e que, com os seus uniformes pomposos oferece um excelente tema para fotografar.

Apenas os muçulmanos podem entrar na mesquita anexa, mas toda a gente pode ver a sala do túmulo, de uma câmara localizada num nível superior, desde que sejam usadas roupas respeitosas.

Chellah

Aqui se encontrava, em tempos, uma cidade romana, Sala, que ocupou o lugar onde antes os fenícios já tinham estabelecido uma colónia. A povoação foi abandonada em meados do século XIII mas sobre ela construíram o sultão Abou al-Hassan Ali, da dinastia Merenida, uma necrópole amuralhada, que atingiu o seu apogeu por volta do início do século XIV.

Necrópole de Chella
Necrópole de Chella

Hoje em dia tudo isto está em ruínas, inclusive o túmulo do próprio Abou al-Hassan Ali e da sua esposa, o que oferece ao visitante um cenário muito especial. O complexo é habitado por uma colónia de cegonhas que torna o local ainda mais fotogénico, especialmente quando a luz e o céu estão no seu melhor. É uma fantástica mistura de mesquitas, minaretes, madraças, mausoléus, banhos e templos romanos.
Aqui se realiza, todos os Setembros, o festival Jazz Au Chellah.

Kasbah Oudaias

O Kasbah, a cidadela de Rabat, é um dos locais mais procurados pelos visitantes da cidade, e existem razões para isso. Encontra-se onde no passado foi estabelecido o ribat – mosteiro-fortificado – que deu o nome à cidade. No interior da área amuralhada estendem-se ruas e vielas dominadas pelo branco e azul, com uma arquitectura a remeter para as influências do Al-Andalus, onde uma pessoa se pode perder por gosto e tirar fotografias sem conta.

Casbá Oudaia
Casbá Oudaia

Seja como for, tente entrar pelo imponente Bab Oudaia e procure a rue el Jamma, onde se localiza a mesquita do kasbah que, construída em 1150, é o templo mais antigo de toda a cidade. A mesquita foi restaurada no século XVIII com fundo doados por – imagine-se – um pirata inglês baseado em Rabat que dava pelo nome de Ahmed el Inlisi.

De certos pontos do Kasbah as vistas sobre Salé e sobre as águas azuis do Atlântico são fabulosas. É o caso da Plateforme du Sémaphore, uma praça estabelecida no ponto mais alto do kasbah.

Também a não perder por aqui: o Museu Oudaias e os Jardins Andaluzes.

Museu Oudaias

Este Museu, também conhecido como Museu Nacional de Joalharia, encontra-se estabelecido num opulento palacete, bem no interior do kasbah, construído no século XVII por Moulay Ismail, que ali estabeleceu a sua residência principal em Rabat. A exposição é variada, com destaque para as artes aplicadas e para a etnografia. Existem salas tipicamente decoradas e mobiladas e uma colecção de livros do Corão com belas iluminuras, para além de joalharia, tapetes, peças de cerâmica e instrumentos musicais.

Os jardins que envolvem o edifício do museu são famosos, sendo conhecidos como Jardins Andaluzes, e são uma mais valia para a visita.
O bilhete custa 10 Dirham e encontra-se aberto das 9:00 às 16:30, todos os dias excepto às Terças-feiras.

3- Outros Locais a Ver em Rabat

Palácio Real

Em todas as grandes cidades marroquinas existe pelo menos um palácio pronto a receber o rei a qualquer momento. Mas o de Rabat é diferente porque se trata da residência principal do monarca. Foi construído sobre as ruínas de um outro palácio, ali erigido no século XVIII, e actualmente, para além de residência oficial do rei serve também de sede a diversas instituições estatais.
Os visitantes não podem entrar nas instalações mas mesmo assim vale vir até aqui para observar a partir de fora.

Rabat, capital de Marrocos
Rabat, capital de Marrocos

Grande Mesquita de Rabat

A Grande Mesquita de Rabat encontra-se na medina da cidade, tendo sido construída inicialmente no século XIV mas desde então foi renovada e alterada inúmeras vezes. Como sucede com a maioria das mesquitas em Marrocos apenas os muçulmanos podem penetrar no seu interior.

Museu de Arqueologia de Rabat

Agora conhecido como Museu da História e das Civilizações, foi criado na década de 30 do século passado, apesar do núcleo da colecção se ter iniciado em 1915. Está alojado num edifício construído para o efeito em 1932 e que foi alargado pouco depois para albergar novos achados. Encerrou em 2016 para uma renovação profunda, tendo reaberto ao público em Junho de 2017. Aqui se encontra a melhor colecção de artefactos arqueológicos de Marrocos incluindo vestígios das épocas Paleolítica e Neolítica. Existem colecções do período pré-Romano mas é nos vestígios das civilizações clássicas, romana e grega, que o museu verdadeiramente brilha.

Abre todos os dias excepto terças-feiras, entre as 10:00 e as 18:00, e o preço do bilhete é de 10 Dirhams.

Museu Mohammed VI de Arte Moderna e Contemporânea

Este é um museu essencial para qualquer pessoa interessada em arte moderna. Foi inaugurado pelo rei Mohammed VI em 2014 sendo um dos 14 museus administrados pela Fundação Nacional de Museus de Marrocos. Está instalado numa casa da época colonial que foi rigorosamente renovada e que é uma digna anfitriã para tão notável colecção. Note-se que não existem muitas peças expostas, mas as que existem são de qualidade, estando representados todos os grandes nomes do mundo da arte moderna marroquina. Na realidade existem aqui trabalhos de mais de duzentos artistas nacionais, incluindo Hassan Hajjaj e Ahmed Yacoubi.

Jardim Botânico

O jardim, também conhecido como Jardin d’Essais Botaniques de Rabat, foi criado pelos franceses em 1914, tendo uma área de quase 7 hectares. Três anos depois o arquitecto paisagístico Jean Claude Nicolas Forestier foi chamado para planear Depois de uma fase de decadência encerrou para renovação, tendo reaberto ao público em 2013, numa cerimónia presidida pelo próprio rei. Hoje em dia tem uma forte vocação pedagógica.

Catedral de São Pedro

Catedral de São Pedro
Catedral de São Pedro

A Catedral de São Pedro foi construída em 1919, segundo um projecto de M. Laforgue, e foi inaugurada em 1921 com a presença do General Hubert Lyautey, administrador geral de Marrocos. Mas as suas torres sineiras, em estilo art deco, foram adicionadas na década de 30 do século passado. A catedral está ainda activa e há missa todos os dias. Localiza-se na Place du Golan, no centro de Rabat.

Farol de Rabat

Quem gosta de faróis quererá visitar o Phare du Fort de la Calette ou Phare de Rabat, junto à praia de Rabat. A estrutura foi construída em 1920 e tem 31 metros de altura. Este farol encontra-se ainda activo. O local é especialmente bonito ao pôr-do-sol.

Outros Museus…

Para além dos museus que já referi, poderá o visitante ter interesse em visitar outros espaços do género, como o Museu de Telecomunicações de Marrocos, o Museu do Banco Al Maghreb, o Museu de Ciências Naturais, o Museu Nacional dos Correios, o Museu de Arquitectura, o Museu de Carros Clássicos, a Villa des Arts.

Salé

Salé não é um nome muito conhecido, mas ficando nos arredores de Rabat (na realidade, pode facilmente ser confundida com um subúrbio ou bairro da capital) tem um passado mais rico. Durante séculos ambas as cidades competiram – quase sempre de forma pacífica – pela supremacia na região, mas no fim a actual capital de Marrocos levou a melhor.

Também aqui a actividade de piratas fervilhava no século XVII e foi em Salé que se deram as primeiras manifestações contra a presença dos franceses, nos anos 50 do século XX. Mas isso eram outros tempos e actualmente é uma encantadora cidade que faz um passeio perfeito desde Rabat.

Salé tem uma longa tradição na produção do mosaico marroquino, o zellige, e o artesanato é um dos seus pontos fortes. A actividade piscatória é outra atracção e não só se pode comer bom peixe como observar os seus coloridos barcos e animada faina é um deleite.
A sua medina, mais antiga que a de Rabat, merece uma visita, com especial destaque para a madraça Abul Hassan, datada do século XIV.

Praia de Temara

Esta praia fica a quinze quilómetros a sul de Rabat, podendo ser alcançada facilmente com o autocarro 33, que sai de Bab al-Had. Contudo o banhista deve ter alguma precaução pois as suas águas são um pouco traiçoeiras, apesar de muito apreciadas pelos surfistas.

Para visitar nos Arredores de Rabat

Kenitra

A cerca de 50 km a norte de Rabat, Kenitra foi fundada pelos franceses, que ali construíram um forte em 1912. Sendo tão recente não tem um vasto património mas mesmo assim é de considerar uma visita. Há que ver o kasbah de Mehdia, que conta com mais de dois mil anos, e as ruínas romanas de Thamusida, onde se podem observar os vestígios de alguns edifícios residenciais, um templo, os banhos e o campo onde se alojava a guarnição militar. Também em Mahdia pode-se usufruir de um bom dia de praia e os praticantes de desportos aquáticos encontrarão ali muito com que se entreter.

Outra das atracções de Kenitra é a Mesquita Mohammed VI, construída em estilo islâmico contemporâneo, com minaretes altos e elegantes. Encontra-se envolvido por uma dinâmica área comercial.

Os amantes de observação de aves quererão dar um passeio ao Parque Natural do Lac Sidi Boughaba, que dista apenas 15 km desta cidade.
Existem comboios frequentes entre Rabat e Kenitra, tornando a visita a esta cidade muito simples.

Casablanca

Será um pouco estranho mencionar casualmente a possibilidade de uma visita à maior cidade do país a partir de Rabat, mas a verdade é que a enorme metrópole e a capital do país estão separadas por apenas 85 km, que são fácil e rapidamente ultrapassados, pelo que se achar que não vale a pena passar uns dias em Casablanca pode mesmo assim deslocar-se até lá para ver os locais que lhe pareçam mais interessantes.

■ Veja ainda a página com um guia para visitar Casablanca.

4- Onde Ficar em Rabat

Quem tem um orçamento apertado poderá escolher uma das opções com quartos duplos a rondar os 20 Euros de diária. Claro que não poderá esperar grande luxos, afinal de contas, tem-se aquilo que se paga. Neste contexto, vou sugerir a Naima’s House, uma verdadeira casa de turismo de habitação localizada no coração da cidade antiga. Os quartos são amplos, com casa de banho privativa e uma área de estar incluindo ainda o pequeno-almoço!

Se procura algo um pouco melhor, porque não o Riad Meftaha. Trata-se da propriedade mais bem classificada no que toca a críticas dos hóspedes, situada também no centro histórico de Rabat, numa das melhores localizações da cidade. Os quartos estão bem decorados, seguindo o estilo tradicional marroquino, e equipados com uma série de comodidades, estando o pequeno-almoço incluído no preço que anda por volta dos 55 Euros por um quarto duplo.

Se quer cometer uma pequena extravagância e ficar num riad luxuoso, a minha proposta vai para o Riad Dar Karima, onde a diária é de 75 Euros. Uma casa à moda antiga, ricamente decorada, com quartos muito espaçosos. A localização também é excelente e o pequeno-almoço está incluído.

NOTA: a todos os preços indicados há que acrescentar 4 Euros diários por pessoa de taxa local de turismo.

■ Veja ainda a página: Alojamento em Rabat com várias opções de hotéis, riads e hostels.

5- Como Chegar a Rabat

Rabat, tal como Casablanca, é um dos locais mais bem servidos por transportes públicos em Marrocos. Além disso, é bem servida por via aérea: a Royal Air Maroc tem uma série de rotas e a Ryanair voa para aqui desde Madrid, Sevilha, Paris Beauvais, Bruxelas Charleroi, Marselha, Roma Ciampino e Londres Stansted, só para referir os aeroportos com os quais existem melhores ligações desde Portugal. O aeroporto localiza-se a norte da cidade, próximo de Salé, e está ligado ao centro da cidade por um serviço de autocarro (20 Dirhams) que demora 40 minutos a percorrer a distância. Os autocarros estão sincronizados com os voos, deixando o terminal uma hora após cada chegada e saindo do centro duas horas antes de cada partida.

Basicamente poderá viajar de autocarro desde Rabat para todas as cidades marroquinas e o comboio é um excelente meio de transporte para chegar à capital de outros pontos do país. Marraquexe fica a apenas quatro horas, Fez a duas horas e meia e a Casablanca chega-se numa hora. Note que existem duas estações de comboios principais, Gare Rabat Ville e Agdal. Desde essas estações é fácil apanhar um eléctrico ou um táxi para outras partes da cidade, mas tenha em conta, especialmente se vai apanhar um avião, que os comboios se podem atrasar bastante, apesar da boa qualidade das composições e da rede.