Religião em Marrocos - O Islamismo regido pelo Alcorão

O povo árabe de Marrocos – Os árabes marroquinos

Muitas vezes é dito que Marrocos é um país árabe, o que não é totalmente correcto. Na verdade, a maioria da população é berbere.

O povo arabe em Marrocos
O povo árabe em Marrocos

Os berberes são a marca mais antiga desta nação e prova viva dos povos que sempre aqui estiveram estabelecidos. É por isso uma nação de árabes e berberes.

Actualmente ainda existem muitos descendentes do povo berbere, considerado como o mais antigo em território marroquino, e os árabes marroquinos são só um terço da população de Marrocos. Por isso, muitos marroquinos dizem ser descendentes de árabes e berberes.

Antes da chegada dos árabes, o território – que de acordo com estudos é habitado desde a Pré-História – recebeu a visita de fenícios, cartagineses, romanos, bárbaros e bizantinos, por exemplo. Só depois chegaram os árabes prontos a islamizar o território. E ao contrário dos restantes invasores, não tiveram tantas dificuldades em se estabelecerem. Actualmente 99% dos marroquinos são berberes muçulmanos.

Foi no ano de 649 que os árabes chegaram ao Magreb, mas só em 681 é que conseguiram entrar em Marrocos, por causa da resistência berbere. Muitas vezes o povo berbere se insurgiu contra o poder árabe em várias lutas, mas a oposição religiosa não era tão forte o que fez com que o Islão entrasse de forma moderada nos hábitos locais.

Ainda assim, são contabilizadas três grandes entradas de árabes no território que é agora Marrocos. A primeira está marcada entre os século VII e VIII, com os conquistadores; depois, no século XII , com os árabes da etnia Beni Hilal, de origem na Arábia; e, nos séculos XII e XIV, com os grupos que foram liderados por aquela mesma etnia.

A história de Marrocos como país nasce com o Islamismo: a criação do Estado e a instituição da língua árabe, como língua da religião e pelo qual foi divulgada o Alcorão. A maior parte dos árabes segue o Islão. Só como curiosidade: existem muitos árabes cristãos nos Estados Unidos, por exemplo.

Se pudéssemos dividir por áreas geográficas, podíamos dizer que a maioria dos árabes marroquinos vivem no norte e oeste do país. Muitos preferiram fixar-se e morarem em regiões mais férteis, junto do mar Mediterrâneo.

A agricultura tornou-se, para muitos, a sua forma de vida e subsistência. Nos locais onde a água é mais abundante produzem cevada, trigo e cereais, ou tomates, batatas, ervilhas e feijões. Nos campos, as árvores de cultivo são oliveiras, laranjas, pêras e pêssegos.

Vídeo de música árabe marroquina

A sociedade árabe é patriarcal, dando bastante importância ao homem. As heranças são passadas de homem para homem e a mulher fica em segundo plano. No seio familiar dão muita importância a festas e reuniões familiares, como nascimentos, casamentos e à cerimónia de enterro.

Só como curiosidade, a Liga de Estados Árabes (com mais de 20 países) – do qual Marrocos faz parte – foi criada em 1946 e traçou a definição do que é um árabe: “uma pessoa cuja língua é o árabe, que vive num país de língua árabe e que tem simpatia pelas aspirações dos povos de língua árabe”.

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