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Cultura de Marrocos • O Povo Marroquino

Existe uma citação do Rei Hassan II (1929-1999) que diz “Marrocos é como uma árvore com as raízes em África, mas cujas folhas respiram o ar europeu”.

Muitas civilizações vão assimilando parte das culturas dos povos que as colonizaram e também dos países vizinhos. A verdade é que a sua cultura africana e muçulmana é vincada, mas muito aberta a certas influências europeias. Marrocos é um país com povo árabe e com povo berbere (Amazigh) com mente aberta e que, cada vez mais, fica receptivo a novas ideias e novas mentalidades.

  • Os marroquinos respeitam muito os idosos.
  • Se uma mãe marroquina disser alguma coisa, ninguém vai discutir com ela e aceitam o que foi dito.
  • No interior do país, os familiares mais novos beijam a testa ou a mão dos seus avós e pais.
  • Nas casas marroquinas tem-se o costume de se tirar os sapatos à entrada como sinal de boa educação.
  • Como em muitas outras culturas, deve levar uma prenda sempre que visita uma casa pela primeira vez.

As mulheres começam já a ter um papel activo na sociedade, onde muitas jovens trabalham em farmácias, supermercados e lojas de roupa – nas grandes cidades – mas é raro verem-se mulheres a trabalharem em casas de comércio no interior rural de Marrocos.

Apesar de nem todas as mulheres marroquinas usarem os lenços a cobrirem as suas caras, ao visitar Marrocos tente ter algum decoro na roupa que veste. Não convém andar com saias muito curtas, decotes fundos ou, para os homens, tirar a T-shirt na rua, mesmo que esteja muito calor. É considerada falta de respeito. A roupa tradicional de Marrocos é muito variada e muda de região em região, e até de cidade em cidade.

A Religião de Marrocos

O Islão é a religião de Marrocos, e seguida pela maioria do seu povo, mas podem seguir outra religião livremente. O Governo legislou que não é permitido que se mude de religião e principalmente não permite propagandas para que se altere a religião inicial.

O Islão frisa a questão de saber distinguir o bem do mal e de se tornarem pessoas melhores. O Ramadão ajuda nessa “caminhada” – no chamado Dia do Julgamento Final, todas as acções dessa pessoa são avaliadas. O Ramadão é a altura em que se faz jejum de dia e a purificação à noite.

Esta cultura religiosa é seguida em Marrocos, sendo um dos cinco pilares do Islão, que envolve também a ajuda aos mais pobres. Muito são os restaurantes que fecham à hora de almoço durante o Ramadão – nas áreas mais turísticas não fecham. Se puder, evite comer na rua durante essa altura de jejum.

Claro que é um país onde a religião tem uma grande importância. As mesquitas são locais sagrados e os não muçulmanos não podem lá entrar. Mas, de resto, todos os outros monumentos estão abertos aos turistas.

O Idioma árabe e berbere

Em termos de linguagem existe uma diversidade enorme. Fala-se árabe, berbere, francês e muitos sabem falar espanhol facilmente. As influências linguísticas também se reflectem na música e literatura marroquinas que acabam por incluir tanto temas mais tradicionais como mais contemporâneos.

Alguns factos interessantes:

  • Marrocos tem duas línguas oficiais, o Árabe e o Berbere.
  • No país, falam-se vários dialectos de árabe e vários dialectos de berbere.
  • A maioria das pessoas fala Darija, ou árabe marroquino.
  • Marrocos é um país onde ocorre diglossia, ou seja, as pessoas são ensinadas numa língua, mas falam outras entre si.
  • O francês serve como um dos dois idiomas de “prestígio” e também é utilizado na vida económica e assuntos relacionados com comércio e negócio, e claro, na diplomacia internacional.
  • O Berbere é a língua indígena de Marrocos.
  • A língua do povo berbere (Amazigh) é falada em três dialetos. O Tarifit, o Tashelhit e o Tamazight).
  • O Berbere refere-se a um grupo de línguas, assim como a dialetos nativos do norte da África. A maioria dos falantes pode ser encontrada na Argélia ou em Marrocos, embora haja também berberes em outros países do norte da África. Os dialetos berberes eram as línguas originais faladas em Marrocos antes que o árabe fosse introduzido com a chegada do Islão no século VII, e sua influência pode ser vista até no árabe marroquino falado em casa e nas ruas.
  • Há um pequeno número de pessoas mais velhas nas montanhas e no deserto que não fala árabe, e só é possível comunicar com elas em berbere.
  • No norte e no sul de Marrocos há muitos falantes de espanhol. Cerca de 5 milhões de marroquinos falam espanhol.
  • O Inglês está a tornar-se cada vez mais popular, e presentemente todas as crianças aprendem inglês na escola.
  • Praticamente todos em Marrocos são pelo menos bilingues, mas muitas das pessoas conseguirá comunicar em pelo menos três ou quatro idiomas: árabe clássico, árabe darija, francês e um dos idiomas berberes (se nesse caso a pessoa em causa for berbere).
  • Os marroquinos aprendem idiomas facilmente. Porquê? O Darija e o berbere, são idiomas muito difíceis, e com muitos sons complicados. Além disso, muitos marroquinos são multilingues desde a infância (espanhol, dialetos Amazigh, árabe clássico, Darija, francês) e graças a isso os seus cérebros absorvem outras línguas muito facilmente.

A gastronomia marroquina

A cozinha típica tem muitos pratos que se comem principalmente em Marrocos, como a tajine, a harira, o cuscuz e o chá de menta (hortelã). Um dos hábitos da cultura do país é comer com as mãos, ou com a ajuda de pão marroquino, e sempre com a mão direita. A esquerda é usada para a casa-de-banho. Os marroquinos têm o costume de beber chá com hortelã e você será convidado inúmeras vezes para beber um chá.

As especiarias são usadas abundantemente. A canela, cominhos, gengibre, sésamo, açafrão e pimenta preta, são apenas alguns dos exemplos. A comida marroquina é conhecida pelos seus sabores marcantes. O mel é muito usado, por isso, encontra os bolinhos de mel, crepes, feqqas (biscoitos com amêndoas) e os ghoriba (bolinho de côco ou amêndoa e sésamo), por exemplo. A tradição manda que se coma de uma única travessa comum, para todos os que se sentarem à mesa. Mas, nos restaurantes, tem sempre talheres para poder comer se não se sentir à vontade para comer com as mãos.

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O artesanato marroquino

A cultura marroquina é também transposta para o artesanato. Dentro dos mercados e souks das medinas, os artesãos podem estar a trabalhar mesmo à sua frente: o couro, os metais, a joalharia e pode inclusive ir assistir ao tratamento dos curtumes.

Faz parte da cultura marroquina negociar. O que quer que queira comprar, prepare-se para negociar. Sempre muito simpáticos, os comerciantes marroquinos começam a negociação sempre com valores elevados para manter a conversa.

Vá apontando para um valor baixo e diga sempre que é muito caro o que oferecerem. Claro que tem de ser correcto na negociação e não vai estar a insistir num valor ridículo por uma peça que sabe que vale mais. Eles vão sempre pedir muito, tente chegar a um meio termo. Se não estiver com disposição para negociar, escusa de se meter dentro dos souks.

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